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“Precisamos banir médicos que não atendem de forma humanizada”, diz presidente do CES sobre mortes na maternidade Albert Sabin
Na última sexta-feira (29), a jovem prenhe Kevelli Barbosa, de 22 anos, morreu junto com o seu rebento durante o trabalho de parto na maternidade Albert Sabin, em Salvador. Os familiares da jovem denunciam que houve negligência médica no caso. Em novembro deste ano, outro caso de suposto descaso com pacientes ocorreu no sítio. Liliane Ribeiro dos Santos, de 33 anos, denunciou que depois o parto, seu bebê teria falecido em decorrência de uma lesão no pescoço, que teria sido provocada pela unha de gel profissional que realizou o procedimento.
Em entrevista ao Jornal da Cidade nesta terça-feria (03), o presidente do Recomendação Estadual de Saúde da Bahia (CES), Marcos Gêmeos, analisou uma vez que os processos referentes a esse casos tramitam. Ele cobrou uma investigação rigorosa para apurar se houve violência obstétrica ou “excesso de qualquer profissional envolvido”. “A gente precisa não só punir os profissionais envolvidos em situações uma vez que essas, mas também banir aqueles que não atendem de forma humanizada no Sistema Único de Saúde (SUS)”, pontuou.
Ele ainda lamenta as mortes na maternidade soteropolitana. “Precisamos tranquilizar as futuras mães que vão utilizar esse equipamento, que é público e importante para trazer novas vidas ao mundo. Essa mulheres não podem trespassar de lá traumatizadas, com histórias trágicas de mau atendimento. Pedimos ao Recomendação Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB) e Corregedoria Universal da Bahia para apurar o que ocorreu lá. Cobramos ligeireza nesse processo”, destacou.
Ao ser questionado sobre os tipos de partos realizados nesses casos, ele admite que “há relatos de que havia indicação” para a realização dos procecimentos uma vez que cesáreas, ainda que tenham sido feitos de forma normal.”Precismaos prometer que esse processo seja esclarecido e que esse processo venha à tona”, completa. “O CREMEB precisa se pronunciar. Será que a decisão da médica de realizar o parto de forma normal foi respaldado em qualquer protocolo? Precismos esperar isso ser esclarecido”.
O viúvo e a família de Kevelli registraram um boletim de ocorrência para que a Polícia Social investigue a desculpa das mortes. O caso foi guiado e está sendo investigado pela 13º Delegacia de Polícia de Cajazeiras.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) se manifestou depois a morte do rebento de Liliane. Segundo a entidade, a desculpa do óbito foi uma distocia de ombro, que é quando a cabeça do feto nasce, mas o ombro fica aninhado contra o osso ou sacro da mãe, o que impossibilita a saída do resto do corpo da moço. O caso também é investigado pela Polícia Social. Em nota, a instituição disse que a 13ª Delegacia aguarda a desfecho dos laudos periciais.