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Cardiologista faz alerta sobre substâncias do chip da beleza: “muitas sequer foram validadas para uso subcutâneo”
A Sucursal Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última sexta-feira (18), uma solução proibindo os implantes hormonais conhecidos como chips da beleza. A decisão veio depois alertas de entidades médicas que relacionaram o resultado a complicações uma vez que elevação de colesterol e triglicerídeos no sangue (dislipidemia), hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e arritmia cardíaca. No programa Metropole Mais desta quinta-feira (23), a cardiologista Marianna Andrade explicou o que finalmente é esse resultado e apontou que ele, muitas vezes, traz substâncias que não são validadas para esse uso.
O chip da venustidade, explicou a cardiologista, pode ter desde um hormônio só até uma série de hormônios que podem ser associados e ainda outras substâncias que sequer foram validadas para o uso subcutâneo. “Isso pode, inclusive, ter mais efeitos colaterais pela associação, e tem coisas completamente desconhecidas. A gente sequer sabe qual é o efeito paralelo que pode ter um implante subcutâneo de determinadas medicações que a gente tem relatos”, alertou.
Segundo a médica, os implantes hormonais não são novos, eles foram instituídos uma vez que uma forma de governo de hormônios em casos de deficiência deles e também para tratamento de algumas doenças que são hormôniossensíveis. No entanto, os usuários passaram a usar buscando lucro de volume muscular, virilidade e perda de gordura corporal. “O que se começou a ver é um uso mais disseminado com fins estéticos e de maneira não controlada. Obviamente, a gente preserva os profissionais que praticam de maneira adequada o procedimento, mas começou a proliferar profissionais que não estavam baseados em evidências e indicações corretas, atraindo um público para fins estéticos”, apontou Andrade.
A cardiologista ainda indicou que é muito mais frequente encontrar pacientes que fazem o uso do implante e apresentam complicações cardiovasculares menos graves. “Com frequência, esses pacientes que desenvolvem essas complicações têm outros fatores associados, mas certamente, na minha experiência, eu já vi algumas vezes alguns pacientes utilizando em doses consideradas inadequadas para fins inadequados e, dentre os fatores de risco, estavam o uso dessas substâncias”, esclareceu.
Confira a entrevista na íntegra: