PF diz a Moraes que fugitivos do 8/1 foram da Argentina para o Peru
Laudo pericial não esclarece se tiro foi acidental ou se adolescente cigana foi assassinada, diz delegado
Guaratinga: O laudo de necropsia revelou que o tiro que matou a jovem cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, atingiu-a inferior do queixo. O mandatário Robson Andrade, encarregado das investigações, destacou que o examinação não conseguiu instaurar se o disparo foi fortuito, uma vez que alegaram os familiares do principal suspeito, o marido da jovem, também de 14 anos.
A principal versão até o momento aponta que o próprio marido de Hyara tenha efetuado o disparo. Os dois haviam celebrando a união numa cerimônia religiosa, em maio deste ano, seguindo a tradição cigana de matrimónio consertado. Depois o vestuário, o jovem fugiu da cidade junto com seu pai, mãe e irmão.
Até a tarde de quarta-feira (12), já haviam sido ouvidas 10 pessoas no discurso das investigações, que estão em curso. Com base nas evidências reunidas, o mandatário está elaborando o questionário para encaminhamento ao Ministério Público e ao poder judiciário. Aliás, visando à proteção do suposto responsável, foi solicitada sua mortificação, pedido que foi aceito pela Vara da Puerícia e Juventude.
“Trabalhamos com todas as linhas de investigações. Mas a motivação só saberemos quando ocorrer a mortificação do suposto responsável, que é o marido, e a localização do seu pai e outros familiares”, disse Robson.
POLÍCIA RASTREOU PARADEIRO DOS SUSPEITOS – O mandatário Moisés Damasceno, coordenador regional da Polícia Social, informou que, no dia seguinte ao homicídio, os investigadores rastrearam o paradeiro da família cigana. Eles chegaram até o endereço de uma prima em Vitória (ES), mas os suspeitos já haviam partido.
Segundo Damasceno, a prima confirmou a presença dos suspeitos em sua residência, relatando que eles chegaram por volta das 5h30 da manhã de sexta-feira (07). No entanto, quando tomou conhecimento dos fatos pela internet, pediu que deixassem o sítio para preservar a segurança dela e de seus familiares.
Os investigadores descobriram que, por volta do meio-dia da sexta-feira, o grupo se deslocou de táxi para a cidade de Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória. Os homens já haviam raspado a cabeça para dificultar a identificação.
Em Cariacica, a família procurou abrigo em uma comunidade cigana, porém, foram rejeitados, pois a comunidade já estava consciente do violação ocorrido em Guaratinga.
Até o momento, não há informações atualizadas sobre o paradeiro dos suspeitos, mas os policiais continuam em diligências. A polícia procura esclarecer os eventos ocorridos na residência de Hyara naquele fatídico dia.
BOATOS SOBRE SUPOSTA RECOMPENSA – O mandatário Moisés Damasceno também esclareceu um boato que circula nas redes sociais, que afirmava que o pai da jovem assassinada estaria oferecendo uma recompensa de R$ 300 milénio pela conquista do suposto responsável. Entretanto, os familiares negaram veementemente essa informação, ressaltando que não houve tal publicação ou vestuário. “A propagação de boatos é preocupante, podendo gerar situações mais graves, e a polícia está atenta a essa questão”, frisa o mandatário Damasceno.
REPERCURSSÃO – O violação despertou grande repercussão em todo o país, com manifestações de repúdio, uma vez que a da autora Gloria Perez em seu perfil no Instagram.
Em meio a esse cenário, a polícia apreendeu no sítio do violação uma revólver calibre .380, juntamente com dois carregadores e munições. Aliás, a polícia intensificou a vigilância nas áreas ciganas para prevenir possíveis represálias entre as famílias.
Natividade: Radarnews