“A gente precisa lidar com a vida da forma que ela é”, diz terapeuta sobre expectativas para novo ano

Além da sensação generalidade que a maioria das pessoas relata de porquê é finalizar um ano para iniciar outro, o prelúdios de um novo ano, para muitos, é o momento de traçar as metas e os objetivos a serem cumpridos. Junto às metas, a frustração e a incerteza são alguns dos sentimentos que tendem a assombrar algumas pessoas. Em entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (26), a terapeuta e advogada Lara Mendes explicou que isso é alguma coisa generalidade, mas precisa ser trabalhado, principalmente em um momento onde as pessoas já estão muito pressionadas.

“Eu tenho falado que a meta é não ter meta. Por quê? Porque a gente já está tão pressionados por todos os cantos. A gente já se sente em débito, porquê se a gente estivesse ali com um saldo negativo. E isso vai gerando para a gente muitas tensões, vai trazendo para a gente um campo de preocupação e a gente precisa mourejar com a vida, a vida real, da forma porquê ela acontece. Portanto não dá para a gente permanecer só no campo da idealização. É importante que a gente tenha, evidente, metas, objetivos, que a gente possa traçar as rotas, fabricar cronogramas, organizar a nossa mente, organizar a nossa vida para aquilo que a gente planeja edificar, para aquilo que a gente quer fabricar. Porém, não permanecer com isso tão engessado, tão rígido, porque isso vai gerando para a gente um campo muitas vezes de uma frustração”, declarou.

A terapeuta ainda disse que desilusões fazem secção da vida, porque a vida real vem com muitas urgências e emergências. Ela reforça que são coisas comuns, mas é preciso se constatar para o que é do campo da veras e para o que é da idealização. Assim, Mendes destaca que são coisas completamente diferentes, mas que a frustração, dentro disso tudo, tem o seu papel para a vida das pessoas, pois ela ajuda no aprendizagem e desenvolvimento de novas capacidades que ajudarão a mourejar com contextos que podem se repetir mas, desta vez, haverá preparo e maior compreensão.

Confira a entrevista completa: