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A universidade tem um papel crucial na formação de um Projeto de Nação, aponta Olival Freire Jr.

A universidade deve estar ligada a um Projeto de País, mas no Brasil, ainda falta um projeto evidente. Sem um projecto pátrio, as universidades públicas ficam vulneráveis, aceitando emendas parlamentares e convênios com empresas, comprometendo sua função principal para prometer sua sobrevivência. Isso reflete a privação de um verdadeiro projeto de poder no país. No Jornal Metropole no Ar desta quarta-feira (8), o físico e professor olival Freire Jr. destacou que o livro “Entreato”, de autoria do professor e pesquisador joão Carlos Salles evidencia muito da dificuldade orçamentária enfrentada pelas universidades públicas e, principalmente, porquê a falta de um projecto que inclua as instituições afeta a instrução e a pesquisa.
“Somos a cidade mais africana fora da África e a gente ainda não incorporou completamente na identidade de Salvador, na identidade da Bahia, na identidade pátrio, essa inconstância de povos que contribuem para a formação da país brasileira. […] Logo, esse duelo, portanto, de um projeto de país, eu diria que é um projeto que está em construção e a universidade e as forças políticas, as forças vivas desse país têm uma enorme responsabilidade em contribuir para a melhor formulação do que seja esse projeto de país. Volto a expressar, não é um defeito que ele esteja em processo de elaboração, mas nós devemos justamente compreender de que se ele não está suficientemente muito formado, aí sim a universidade tem um papel muito importante em contribuir para a formação desse projeto’, declarou Olival Freire Jr.
Outrossim, Freire declarou que é um problema que existe desde a geração da própria UFBA e destacou o pioneirismo da instituição na geração de um meio de estudos afro-orientais, mas reconhecendo que ainda há um longo caminho a ser percorrido para a inclusão real das universidades em um Projeto de País. Ele também reforçou porquê a própria experiência da gestão do professor João Carlos, exposta em seu livro, mostrou as dificuldades para a introdução, por exemplo, de cotas, na pós-graduação.
Confira a entrevista completa:

