ABHH repudia uso indevido de implantes hormonais e cobra medida da Anvisa

 ABHH repudia uso indevido de implantes hormonais e cobra medida da Anvisa


A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) se posicionou, em uma nota solene, contra o uso indevido de implantes hormonais e, se juntando a outras entidades da espaço, cobrou medidas da Anvisa (Escritório Pátrio de Vigilância Sanitária). A associação alerta que, nos últimos anos, a população brasileira vem sendo exposta “a uma alarmante e crescente utilização indevida de implantes hormonais”, que frequentemente contém esteroides anabolizantes e são “divulgados e prescritos uma vez que secção de estratégias que fazem apologia a um corpo perfeito e a um suposto estilo de vida saudável”.

A ABHH também critica a banalização da divulgação desses produtos em redes sociais e chega a referir implantes que são vendidos em consultórios médicos uma vez que “chip da formosura”, tratamento da menopausa, antienvelhecimento, para redução da gordura corporal, para aumento da libido e da volume muscular, tudo isso motivado por um viés mercantil. 

“Não existe ração, tampouco comitiva médico, que garanta segurança para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance. Os efeitos colaterais podem ser imprevisíveis e graves, com os riscos ultrapassando qualquer verosímil favor. Casos de infarto agudo do miocárdio, de tromboembolismo pulmonar e de acidente vascular cerebral vêm se tornando frequentes”, alerta a entidade, citando ainda complicações cutâneas, hepáticas, renais, musculares e manifestações psicológicas e psiquiátricas, uma vez que impaciência, agressividade, sujeição, dieta e depressão.

Em outubro do ano pretérito, os chamados de chip da formosura foram proibidos pela Anvisa, depois sociedades médicas alertarem para os riscos associados. Agora, chamando atenção para o agravamento do cenário, mormente no uso de implantes subcutâneos para fins estéticos e de performance, a ABHH pede que a Anvisa “cumpra sua finalidade institucional” de “promover a proteção da saúde da população pelo controle sanitário” e pede base do Ministério da Saúde.



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