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Ademar Sato relata momentos vividos durante ditaduras no Brasil e Chile

O monge budista Ademar Sato relatou em entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (6) sua experiência durante as ditaduras no Brasil e no Chile. Ele contou que chegou ao Chile em 1970, durante o governo democrático de Eduardo Frei, e presenciou a eleição de Salvador Allende.
Segundo o monge, Fidel Castro em visitante ao Chile em 1971 o convenceu a buscar trabalho com Salvador Allende. Fiquei até o golpe. Ele continuou no país até que uma ditadura fosse instaurada. Sato contou ainda que, no dia do golpe, viu execuções nas ruas e o bombardeio ao Palácio La Moneda, onde o presidente e seu ministério estavam reunidos. “Eu vi, no dia do golpe, pessoas sendo fuziladas na rua. Vi o palácio onde Allende estava sendo bombardeado. Tentei entrar no palácio, mas os portões já estavam fechados”, afirmou.
Sato ainda explicou que a ditadura no Chile foi mais sangrenta que no Brasil. “Passar por duas ditaduras não foi fácil. A ditadura brasileira foi muito opressora, mas a ditadura que se estabeleceu no Chile foi muito sangrenta”. Com os eventos ele retornou ao Brasil, buscando protecção na Bahia. “Cheguei à Bahia de Todos os Santos, que foi o meu início da brasilidade, início no sentido de protecção”, completou.
Confira a entrevista na íntegra

