Filho não resiste e morre no HECB quase um mês depois da morte do pai no mesmo acidente
Após declaração de emergência financeira, Quijingue cancela tradicional Festa de São Sebastião
Posteriormente preceituar estado de emergência financeira, o município de Quijingue teve a “Sarau de São Sebastião”, prevista para os dias 21 e 22 deste mês, suspensa pela Justiça nesta quarta-feira (17).
A decisão atende a uma ação do Ministério Público do Estado da Bahia, que destacou a desproporcionalidade entre a crise enfrentada pela cidade e os gastos previstos para o evento, estimados em mais de R$ 1 milhão somente com contratações artísticas.
Atenta aos pedidos do MPBA, a Justiça também determinou ao Município e ao prefeito que não efetuem qualquer despesa com a contratação de artistas, estruturas e demais itens para a sarau. Outrossim, que não promovam despesas para realização do evento com recursos destinados à cultura ou instrução, excluindo o paisagem religioso da sarau do padroeiro, sejam as verbas próprias indicadas no orçamento ou derivadas de transferências.
Endividamento
Segundo os promotores de Justiça, a manutenção da sarau poderia comprometer o atendimento das necessidades primárias de grande secção da população. O próprio Município, no decreto publicado no dia 6 de janeiro, assinalou a situação de emergência em Quijingue e indicou a expressiva perda da capacidade de manter a ininterrupção da prestação de serviços públicos, por conta do cenário de “aprofundado endividamento”.
No decreto, o Município indicou que a novidade gestão encontrou pendências de ordem administrava e financeira, porquê falta de pagamento de salários dos servidores municipais, de fornecedores de serviços e produtos, paralisando a ininterrupção de serviços públicos essenciais.
Sem medicamentos
Inspeção realizada pelo MPBA na última quarta-feira (15), verificou inclusive que unidades de saúde estão sem receber todos os medicamentos da atenção básica, não houve a contratação dos médicos que os munícipes necessitam e que existe uma precariedade da estrutura das unidades e do hospital municipal.
“Não é procedente que o Município que tanto necessita de verbas federais para enfrentamento da seca e verbas públicas para a promoção de uma reorganização de toda a gestão pública, inclusive para a viabilização de serviços públicos primários e essenciais, porquê saúde e instrução, apresente-se, nesse momento, com respaldo financeiro adquirido em curtíssimo espaço de tempo, para realizar despesa em torno de R$ 1 milhão” registraram os promotores de Justiça, lembrando que levante valor não inclui gastos com a estrutura e serviços indispensáveis à realização da sarau.
