Batalha contra espigões na Praia do Buracão ganha novas armas para barrar sombreamento da região

 Batalha contra espigões na Praia do Buracão ganha novas armas para barrar sombreamento da região


Material publicada originalmente no Jornal Metropole em 12 de dezembro de 2024

De ambientalistas e moradores da região à ministra Marina Silva, a guerra contra a construção de prédios na praia do Buracão vem resistindo e ganhando pedestal. Os espigões de 16 andares e o sombreamento que eles causarão na praia serão agora meta de uma ação social pública do Ministério Público, que contesta os alvarás de construção cedidos pela prefeitura à empreiteira. Essa será mais uma das ações que já correm na Justiça tentando barrar os espigões à praia.

Em 2022, um grupo imobiliário comprou três imóveis totalizando R$16 milhões e mais de 1,5 milénio m². É no espaço desses terrenos, à praia, na Rua do Barro Vermelho, que pretende-se edificar três espigões, alguma coisa que já aconteceu, por exemplo, no bairro da Ondina e prenúncio outros bairros na orla soteropolitana. A principal luta nesses casos é contra o sombreamento que esses prédios podem ocasionar na praia, impactando sua natureza, seu uso uma vez que espaço de lazer e consequentemente as rendas ali geradas. No caso do Buracão, os ativistas receberam na última semana uma novidade arma nessa guerra: um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federalista da Bahia comprovou que de indumento esse sombreamento acontecerá e de forma significativa.

Promotora de Justiça envolvida no caso, Hortênsia Pinho trata o cenário uma vez que uma privatização da praia. Enfim, ninguém vai à praia para tomar sombra, “se um empreendimento sombreia a praia, ele usurpa um muito de uso generalidade do povo, isso é uma privatização que não pode ser admitida”.

Privatização também é o termo utilizado por Miguel Sehbe, um dos integrantes do grupo S.O.S Buracão. De contrato com ele, murado de 600 m da região da praia – ou seja, do terreno de marinha – seriam usados pela imobiliária, o que poderia “gerar a longo prazo uma privatização” do trecho. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano não respondeu à enunciação.

Já a Superintendência do Patrimônio da União, a quem pertence os terrenos de marinha, afirmou que a espaço da praia do Buracão é um emprazamento vetusto. Isso significa que a espaço foi atribuída a um pessoal há qualquer tempo, mas segue sendo propriedade da União. “O porvir empreendimento, conforme o projeto apresentado à SPU/BA, está integralmente localizado dentro da espaço de emprazamento, sem interferir na espaço de uso generalidade do povo, a praia” , disse em nota.



Source link

Digiqole ad Digiqole ad

Relacionado