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Caso Cátia Raulino: quatro anos após ser descoberta, professora responde em liberdade por fraude processual
Nas redes sociais e nos corredores da faculdade, ela era referência na extensão do Recta, coordenadora de curso e participante de bancas de graduações. Mas, em 2020, a portanto professora universitária Cátia Regina Raulino foi mira de um processo por ter lecionado em duas universidades particulares de Salvador, alegando ser formada na extensão com mestrado, doutorado e pós-doutorado, sem possuir nenhum desses títulos. A farsa começou a tombar e uma investigação foi iniciada posteriormente alunas denunciarem que tiveram artigos plagiados por ela. Quatro anos depois, o processo movido pelo Ministério Público parece estar perto do termo. Pelo menos, é o que indica o Tribunal de Justiça da Bahia. Segundo a golpe, a ação só aguarda o julgamento.
Além de atuar porquê professora e coordenadora, ela divulgava seu trabalho nas redes sociais. Em um dos perfis, que foi desativado posteriormente, acumulava mais de 180 milénio seguidores no Instagram. Em uma das postagens, ela aparecia orientando seus seguidores a não mentir em entrevistas de ocupação. Mas, depois da invenção, houve até quem precisasse refazer a mesa de graduação que teve Cátia porquê examinadora. “Eu acho que Cátia é um supimpa exemplo da vaga de profissionais que se vendem pelas redes sociais sem ter um mínimo de conhecimento técnica. A internet é uma instrumento sensacional de marketing, mas acabou se transformando numa vitrine para qualquer tipo de gente se vender porquê poder”, opina Lorena Nogueira, uma das alunas que foi vítima de plágio.
Na quadra, Cátia chegou a apresentar à polícia documentos para tentar provar que os títulos eram reais, mas o procurador do caso afirmou que nenhum deles era um diploma ou o equivalente aos títulos que ela dizia possuir. O Ministério Público do Estado da Bahia denunciou a ex-professora pela prática dos crimes de uso de documento público falso, violação de recta autoral e fraude processual. Segundo as investigações, ela teria cometido os crimes por meio de reiteradas ações e, por isso, também é acusada de concurso material de crimes.
Em outros julgamentos, ela já foi condenada a remunerar R$ 5 milénio em multa e outros R$ 25 milénio por danos morais a uma das vítimas de plágio. No ano pretérito, Cátia concluiu a sua formação na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), mas, até o momento, seu nome não consta no Cadastro Vernáculo de Advogados (CNA) e nem mesmo no registro de aprovação no revista da Ordem Vernáculo dos Advogados (OAB).