Chapa com Rui, Wagner e Jerônimo é vista na base como ‘operação salva-vidas’ do governador

 Chapa com Rui, Wagner e Jerônimo é vista na base como ‘operação salva-vidas’ do governador


A resguardo que o senador Jaques Wagner fez de uma placa majoritária praticamente puro-sangue na próxima sucessão estadual foi traduzida por observadores políticos com vasta quilometragem porquê sinal simples de que está em curso uma ofensiva para alavancar a candidatura do governador, que experimenta queda nos índices de avaliação, conforme as mais recentes pesquisas. A Genial/Quaest divulgada no início de dezembro, por exemplo, apontou retração de nove pontos percentuais no índice de aprovação de Jerônimo Rodrigues, no comparativo com a sondagem realizada em julho pelo mesmo instituto. À prensa, Wagner defendeu que, além de Jerônimo para o governo, ele e o ministro da Moradia Social, Rui Costa, ocupem as duas vagas do Senado. Ao PSD, sobraria o espaço de vice-governador, ocupado atualmente por Geraldo Jr. (MDB).

Tudo porquê dantes

“Acho que Wagner está correto. Uma vez que Jerônimo não está muito, ainda que ele ache que está, Wagner e Rui são muito mais fortes para carregar o governador do que Ângelo Coronel (senador do PSD). O recall de Coronel não chega nem perto do deles. Os outros partidos vão ulular com o PT, é simples, mas há uma porrada de cargos bons para acomodar os insatisfeitos. Têm tribunais de contas, secretarias com orçamentos graúdos…”, disse uma manadeira com bom trânsito na cúpula petista. 

Nem te ligo!

Pelo visto, o deputado estadual Vitor Azevedo (PL) não tem tido lá muito constrangimento em passar a rasteira no próprio paraninfo político, o ex-ministro da Cidadania e presidente do Partido Liberal na Bahia, João Roma, de quem foi patrão de Gabinete na Esplanada dos Ministérios. Recentemente, Azevedo iniciou costuras para colocar o prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), apoiador de Roma e do ex-presidente Jair Bolsonaro, na base de Jerônimo. Apesar de ter sido eleito na esteira do bolsonarismo, Azevedo pulou a muro logo em seguida tomar posse na Plenário Legislativa da Bahia.

Agora, só depois

Antes de embarcar para viagem solene ao Benin, na costa leste da África, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) assegurou a aliados próximos que não, por ora, não tem interesse em solidificar uma eventual reforma administrativa no Palácio Thomé de Souza, fora trocas pontuais. Caso das secretarias municipais da Reparação (Semur), onde a ex-reitora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) Ivete Sacramento já foi substituída no início desta semana pela advogada e ativista do direitos humanos Isaura Genoveva, e de Cultura e Turismo (Secult), dos quais titular, o empresário e produtor Pedro Tourinho, que está de malas prontas retomar suas atividades na iniciativa privada. Trocando em miúdos, o prefeito deixou simples que não pensa em acomodar vereadores eleitos para no secretariado da prefeitura.

Xis da questão

A única incerteza diz reverência ao secretário da Instrução de Salvador, Thiago Dantas, prestação pessoal do ex-prefeito ACM Neto. Segundo apurou a pilar, a bancada do PSDB na Câmara Municipal exige a saída de Dantas, sob argumento de que ele colocou a pasta a serviço da reeleição da vereadora Roberta Caires (PDT), afilhada política de Neto, mas esbarra na resistência de Bruno Reis em contrariar o ex-prefeito. Para cardeais da base aliada ao Thomé de Souza, esse seria o motivo dos recados dados pelo presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB), em seguida ter sido reeleito para o função no último dia 2. Na ocasião, Muniz disse que, embora pertença à base aliada ao União Brasil, votou em Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa com Neto pelo governo do estado em 2022 e que tende a votar no petista novamente se o duelo se repetir em 2026.

Ponto de mutação

No entanto, integrantes do núcleo-duro da prefeitura confidenciaram à Metropolítica que a citação de Thiago Dantas na Operação Overclean pode tornar insustentável sua permanência na pasta da Instrução. De pacto com a PF, Dantas facilitou a liberação de pagamentos para uma das empresas dos irmãos Alex e Fábio Parente com contratos junto à prefeitura, por interferência direta de líderes do esquema. “O progressão das investigações é que vai instituir ou não o horizonte dele. No momento, o prefeito decidiu mantê-lo na equipe. Internamente, é um quadro muito muito medido. Mas a maré pode virar se surgirem fatos novos”, disse um dos auxiliares de crédito de Bruno Reis.



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