Déficit de 4 mil servidores desafia prestação jurisdicional na Bahia, diz presidente da OAB
A presidente da OAB-BA, Daniela Borges, primeira mulher a liderar a instituição no estado, conversou com a Rádio Metropole nesta quinta-feira (15) sobre os desafios de sua gestão e as conquistas para a advocacia baiana. Candidata à reeleição, Daniela destacou as dificuldades enfrentadas, principalmente o impacto da pandemia e o déficit histórico de magistrados e servidores na justiça generalidade.
“A gente encontra um duelo da prestação jurisdicional na Bahia, sobretudo na justiça generalidade. Portanto a gente começou na pandemia, fóruns fechados e ou por outra um déficit histórico de magistrados, servidores, que ainda persiste”, afirmou Borges. Apesar disso, ela celebrou a nomeação recente de 62 magistrados e 200 servidores, ressaltando que, embora importantes, esses números ainda não cobrem o déficit de 4 milénio servidores em todo o estado. No próximo triênio, a meta é conseguir a nomeação de mais juízes e servidores, com o objetivo de colocar ao menos um juiz em cada vara da Bahia.
Daniela ressaltou também os avanços na estrutura oferecida aos advogados no estado. Segundo ela, a OAB-BA investiu na geração de 240 salas de espeque em Salvador e no interno, equipadas para facilitar o trabalho dos advogados. “A OAB está chegando aonde a advocacia está”, destacou. Algumas dessas salas foram instaladas até mesmo em municípios sem fóruns, buscando oferecer condições adequadas para o treino da profissão em áreas de difícil aproximação.
A presidente também mencionou os desafios e mudanças impulsionados pela pandemia, que acelerou o uso de tecnologias porquê o processo eletrônico e audiências virtuais, proporcionando maior acessibilidade para advogados do interno. “Demorou 12 anos para ver, por exemplo, a implantação de um processo eletrônico realmente em caráter definitivo”, observou.
Confira a entrevista completa: