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Em sabatina sem ofensas com Marçal, Boulos tenta alcançar público fora da bolha
O candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), participou, nesta sexta-feira (25), de uma entrevista com Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro vez, em um sabatina intitulada “Entrevista de Tarefa”. A conversa, que durou mais de uma hora e atraiu mais de 400 milénio visualizações, ocorreu a dois dias do 2º vez das eleições.
Durante a entrevista, Boulos expressou que não guarda ressentimentos em relação a Marçal e criticou o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) por não ter aceitado participar da sabatina. Eles não mencionaram o laudo médico falso divulgado pelo influenciador a dois dias do 1º vez.
O tom da conversa foi considerado amistoso, contrastando com os ataques do primeiro vez. Ambos os candidatos afirmaram que a discussão foi “respeitosa”, apesar das divergências ideológicas. Em relação a questões políticas, Marçal indagou Boulos sobre o concepção de comunismo, ao que o psolista respondeu: “Uma sociedade com oportunidade igual para todo mundo”.
A religiosidade também foi mencionada, com Boulos afirmando que Jesus Cristo é “uma inspiração para todos nós que somos cristãos”. Ele reforçou sua posição de não misturar fé com política durante a campanha, criticando quem utiliza a religiosidade para fins eleitorais. Boulos também afirmou que assumiu as promessas de Pablo Marçal sobre escola olímpica e ensino financeira no currículo escolar da rede municipal.
Embora ambos tenham refutado a possibilidade de votar um no outro. Boulos declarou: “Não votaria nem em você, nem no Ricardo Nunes”, enquanto Marçal reafirmou que “não voto na esquerda nunca”. Ao final da live, Marçal tentou contatar Nunes ao vivo, mas o prefeito não atendeu ao chamado.
O Vale Tudo
A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) procura, na temporada final, ocupar um público além de sua base habitual, que, segundo as análises, pode ser insuficiente para superar Ricardo Nunes (MDB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo.
Um levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira (24), aponta Nunes com 49% das intenções de voto, enquanto Boulos aparece com 35%. Por outro lado, a equipe de Nunes considera a reintrodução de Pablo Marçal – que ficou fora do segundo vez – porquê um erro estratégico e um “papelão” por secção de Boulos.