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MPF aciona Incra e União para que concluam demarcação do território quilombola na Bahia
O Ministério Público Federalista (MPF) moveu uma ação social pública pedindo à Justiça que o Instituto Pátrio de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a União concluam o processo de demarcação e titulação da extensão reivindicada pela Comunidade Quilombola Zumbi, situada no região São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe, Recôncavo baiano.
O MPF solicita que apresentem um cronograma em até 30 dias, com previsão orçamentária, e que o processo seja finalizado em até 24 meses. A ação também pede a suspensão das licenças ambientais concedidas pelo Instituto do Meio Envolvente e Recursos Hídricos (Inema) à empresa ERB Aratinga S.A., que explora a extensão em parceria com a empresa Federação da Bahia Agropecuária S.A.
Segundo o MPF, as licenças devem ser suspensas até que sejam realizadas a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) à comunidade quilombola e o Estudo de Componente Quilombola (ECQ), que avalia os impactos da atividade de cultivo de eucalipto na região.
Além da Comunidade Quilombola Zumbi, o MPF requer consulta prévia às comunidades quilombolas Quizanga, Guerém, Tabatinga, Giral Grande, Baixão do Guaí, Guaruçú e Porto da Pedra.
Também foi solicitado que o Inema se abstenha de exprimir novas licenças até que os direitos das comunidades sejam respeitados, conforme previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).