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Novembro Azul: fantasma da masculinidade frágil ainda impacta a saúde dos homens
Em novembro, o zelo com a saúde masculina, principalmente o combate ao cancro de próstata, ganha destaque com a campanha de conscientização Novembro Azul. Mas pretérito o mês, pouco se fala sobre a doença que, de congraçamento com o Ministério da Saúde do Brasil, é a motivo de morte de 28,6% dos homens.
O cancro de próstata é o tipo mais generalidade entre homens e única maneira de evitá-lo é com a prevenção que é feita através de exames – incluindo o examinação de toque retal. Para isso, os homens precisam romper algumas barreiras sociais e psicológicas, passando simplesmente a desenvolver o autocuidado.
Prevenir é o melhor remédio
Conforme informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 2015 até outubro deste ano, 13.552 homens já morreram em decorrência do cancro de próstata na Bahia.
Além desse tipo de cancro, a prática de realizar consultas e exames de prevenção seria a saída para outros problemas porquê os cardiovasculares, psicológicos, sexuais, dentre outros. Mas, segundo a última pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 40% dos homens que se consideram preocupados com a própria saúde só buscam os médicos em seguida sentirem um pouco, o que reforça o quão tardiamente diagnósticos podem ser dados até mesmo para que recebam tratamentos adequados e tenham respostas satisfatórias.
Aos poucos, homens passam cuidar mais de si, mas tímidos
Com o indicativo negativo, aos poucos, esse ciclo parece estar seguindo um caminho de mudança. Um levantamento da Sucursal Vernáculo de Saúde (ANS) e da Federação Vernáculo de Saúde Suplementar FenaSaúde), revela que, entre 2019 e 2023, o número de homens com planos de saúde aumentou em 8,4%. O urologista Bruno Falcão diz que percebeu um aumento de homens na procura pelo zelo com a saúde em consultório, mas a grande maioria só vai ao médico quando já está doente.
Em relação ao examinação de toque, Falcão aponta que boa secção dos homens ainda é resistente a realizá-lo por fatores porquê a estigmatização e a desinformação sobre a valia dele.
A raiz da masculinidade frágil que pode levar aos óbitos
O autocuidado do varão transita entre os fatores sociais e psicológicos de que o comportamento masculino deve ser embrutecido. Para o psicólogo Vinícius Farani, a estigmatização do examinação de toque vem do significado que a própria masculinidade frágil pode atribuir a ele, porque o paciente pode se sentir vulnerável ali e, o varão, afetado pela masculinidade frágil, tem dificuldade em estar vulnerável. Farani ainda diz que a base da masculinidade frágil é a instabilidade e, por isso, a rigidez é atribuída aos comportamentos, o que faz com que muitos homens coloquem suas próprias vidas em risco.