“O Carnaval de Salvador é um navio negreiro”, diz presidente do sindicato dos cordeiros

 “O Carnaval de Salvador é um navio negreiro”, diz presidente do sindicato dos cordeiros


São mais de 15 milénio cordeiros trabalhando no Carnaval de Salvador. A categoria, no entanto, enfrenta, todo ano, uma guerra por melhores condições de trabalho e de remuneração. Nesta sexta-feira (17), o presidente do Sindicordas, Matias Santos, reforçou as cobranças do grupo para a folia deste ano e pediu que a gestão municipal também contribua com as melhorias para a categoria.

“Eu vejo também um Carnaval porquê um navio negreiro. Temos um apartheid: os brancos que pagam e o cordeiro que, na verdade, é um segurança que está ali para separar, o folião dos associados pagantes. O cordeiro é para ser valorizado no que se tange a diária, no que se tange todo equipamento de proteção, de segurança do trabalho, segurança nutrir”, afirmou em entrevista ao Jornal da Cidade.

Matias Santos citou ainda o progresso na arrecadação da cidade com os dias de Carnaval e cobrou que esse resultado chegue também a categorias porquê os cordeiros. “O propagação do Carnaval não pode ser só de cima para ordinário, tem que ser de ordinário para cima também. É uma valorização dos trabalhadores”, disse. Ele cobrou que a prefeitura também tome frente nessa procura por melhores condições de trabalho para os cordeiros e não deixe somente porquê responsabilidade dos empresários. “Assim porquê já tem um projeto elaborado para os ambulantes”, alega. 

Nesta semana, a categoria conseguiu fechar um tratado com os empresarios de blocos, definindo o valor da diária em R$ 100, um reajuste de 25% quando comparado ao ano pretérito. A expectativa agora é que até o dia 28 de janeiro, com intermédio do Ministério Público do Trabalho, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) seja formalizado com cada conjunto, definindo melhores condições de trabalho.

“O Cordeiro, quando acaba de retrair um conjunto, ele não consegue ir para a periferia fazer suas necessidades, trocar de vestimenta e substanciar a alimento. Ele pode permanecer de 6h a 12h no giro. A prefeitura tem que ter uma contrapartida social. É um trabalho braçal e o trabalho braçal não é valorizado? É só o trabalho da intelectual em um Carnaval que tem quase R$ 90 bilhões de publicidade?”, questionou.

Confira a entrevista na íntegra:



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