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Operação Faroeste: CNJ aposenta desembargadora da Bahia suspeita de venda de sentenças judiciais
O Recomendação Pátrio de Justiça (CNJ) decidiu, por unanimidade, empregar a pena de aposentadoria compulsória à desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A magistrada é investigada no contextura da Operação Faroeste, que apura a venda de sentenças judiciais relacionadas à grilagem de terras no oeste baiano e a participação em um esquema de lavagem de numerário e prevaricação.
A decisão foi tomada durante o julgamento de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) transportado pelo mentor João Paulo Schoucair. Segundo o relator, as investigações apontaram faltas graves cometidas pela magistrada, incluindo interferência em decisões judiciais para atender interesses pessoais e econômicos, além de envolvimento em tentativas de obstruir investigações.
“A atuação da desembargadora também incluiu esforços para modificar a veras dos fatos por meio de sua assessoria, demonstrando desapego aos deveres e obrigações da magistratura”, afirmou Schoucair durante o julgamento. O mentor também rebateu as alegações da resguardo, que contestava a validade do processo e a existência de justa razão para sua instauração. Segundo ele, o conjunto de provas e indícios foi robusto o suficiente para fundamentar a responsabilidade da desembargadora, configurando violações à Lei Orgânica da Magistratura Pátrio (Loman) e ao Código de Moral dos Magistrados.