Picaretas de jaleco: Surfando na onda da obsessão pela estética, falsos médicos colocam em risco vida de pacientes

 Picaretas de jaleco: Surfando na onda da obsessão pela estética, falsos médicos colocam em risco vida de pacientes


Poderia ser rosto de pau, se não fosse, antes de tudo, criminoso. Nas redes digitais, atores se passam por médicos para vender remédios e suplementos. Já nos consultórios, há aqueles que, sem qualquer registro no Recomendação de Medicina ou respaldo lícito, se apresentam uma vez que médicos e executam procedimentos que só poderiam ser feitos por profissionais da medicina. O resultado dessa rosto de pau criminosa é saúde colocada em risco e, muitas vezes, corpos deformados.

No caso dos atores, eles estão sendo investigados e foram ouvidos nesta semana pela Polícia Social. Se passavam por médicos em vídeos na internet, roubando a credibilidade da categoria para vender produtos que prometem resultados milagrosos. Já os falsos médicos de consultório são muitos. Só neste ano, o Recomendação Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) recebeu 54 demandas de treino proibido da Medicina contra dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, biomédicos e outros. A partir das investigações, a entidade ajuizou 13 ações e nove delas tiveram decisões favoráveis. A reportagem também tomou conhecimento de sete casos de profissionais se passando por médicos nos últimos cinco anos, em Salvador e Região Metropolitana.

O que labareda atenção, apesar de não ser nenhuma coincidência, é que, entre os casos favoráveis ao Cremeb na Justiça e os que o Jornal Metropole teve chegada, todos estão ligados a falsos profissionais e procedimentos estéticos. Esses são exclusivamente mais alguns números que jogam nas caras cheias de procedimentos os riscos impostos pela preocupação do corpo perfeito.

Entre as denúncias que chegaram à reportagem, estão os casos de duas mulheres que ficaram com partes do corpo deformadas posteriormente bioplastias com uma suposta biomédica em Camaçari. Inicialmente, ela se apresentou uma vez que médica, depois uma vez que enfermeira e, não satisfeita, uma vez que biomédica. No site do Recomendação Regional de Biomedicina, no entanto, não há registro em seu nome. O que há de registro é dano psicológico e físico no corpo das vítimas. Legisperito de uma delas, Rodrigo Azevedo relata que foi aplicado nos seios e quadris de sua cliente PMMA, uma espécie de formado plástico, que a levou a percorrer risco de morte. “Enquanto isso, ela se esquiva das notificações e intimações. Logo estamos trabalhando em todas as frentes para que ela possa ser responsabilizada pelas condutas absolutamente escabrosas”, disse o legisperito.



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