Presidente do TJ do Mato Grosso do Sul e sucessor são afastados por suspeita de venda de sentenças

 Presidente do TJ do Mato Grosso do Sul e sucessor são afastados por suspeita de venda de sentenças


A Polícia Federalista deflagrou, nesta quinta-feira (24) uma operação para investigar possíveis crimes de prevaricação em vendas de decisões judiciais, lavagem de verba, organização criminosa, roubo e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. Cinco desembargadores foram afastados, entre eles, o atual presidente do Tribunal de Justiça, Sérgio Fernandes Martins.

 No totalidade, são cumpridos  44 mandados de procura e consumição, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). A ação contou ainda com o base da Receita Federalista e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021. 

Em nota, o TJMS afirmou que o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, determinou medidas direcionadas exclusivamente a alguns desembargadores, magistrado e servidores do tribunal. O órgão apontou que as determinações são regularmente cumpridas, sem prejuízo aos serviços judiciais prestados à população e que “não afetam de modo qualquer os demais membros e componentes da Justiça Sul-mato-grossesse”.

Quem são os desembargadores afastados

Os mandados foram contra cinco desembargadores e outros servidores públicos, 9 advogados além de empresários envolvidos no esquema. Os cinco desembargadores foram afastados de seus cargos por suspeita de envolvimento no incumbência. Destes, dois deles ocupam vaga no Quinto Constitucional – vagas preenchidas por advogados e membros do Ministério Público.

Sérgio Fernandes Martins, atual presidente do TJMS e ausente do incumbência, ingressou na magistratura uma vez que desembargador em 2007, em vaga do Quinto Constitucional. Seu sucessor, que assumiria a gestão em 2025, Sideni Soncini Pimentel, também foi ausente do incumbência. 

Além deles, também foram afastados e são investigados, o desembargador Vladimir Abreu, ingressante na magistratura uma vez que juiz substituto na comarca de Campo Grande, em 1986; Alexandre Aguiar Bastos, empossado a desembargador em 2016 em vaga proveniente da OAB e  Marcos José de Brito Rodrigues, no incumbência desde 2012.

Também foram afastados o mentor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Osmar Domingues Jeronymo e seu sobrinho, também servidor do TJ-MS, Danillo Moya Jeronymo.



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