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“Qualquer pessoa sabe que a ‘arminha’ do Bolsonaro apontava para a cabeça de um jovem preto”, diz Jessé Souza

Em entrevista à Rádio Metropole, no tradicional programa Na Risco, o sociólogo Jessé Souza, responsável do livro O Pobre da Direita, analisou as motivações do eleitorado que elegeu o ex-presidente Bolsonaro em 2018. Segundo ele, quando uma pessoa elege Bolsonaro, significa que ela só pode ser racista.
“(Bolsonaro) é a maior força irracional da história, o ódio a troco de zero. Esse racismo reprimido dos seus eleitores é transformado no populismo penal de matar pobre e preto. Qualquer pessoa sabe que a ‘arminha’ do Bolsonaro apontava para a cabeça de um jovem preto no Brasil. Quando se associa pretos ao delito, você moraliza o racismo com o argumento de resguardo da segurança pública”, analisa.
Ele ainda associa os “privilégios que a subida escol procura manter” ao racismo, traçando paralelos entre “situações de depravação” no Brasil. “A classe média branca nunca teve zero contra a corrupação e a gente pode provar. Com Lula e Dilma tivemos milhares de branquinhos histéricos gritando supostamente contra a depravação, contra os negros na universidades públicas. Nascente é o bunker do privilégio da classe média: as boas universidades, cursos que vão dar altos salários. No caso de Aécio Neves e Michel Temer, o caso de depravação mais óbvio, com mala de numerário em jogo, você viu qualquer branquinho histérico contra isso?”, comenta.

