“Temos preservado biografias”, diz Pedro Maia sobre espetacularização na atuação do MP

Procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Pedro Maia comentou o que chamou de “espetacularização” da atuação do órgão no estado. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar nesta segunda-feira (11), Maia apontou uma preocupação e desvelo do MP para não expor envolvidos e suspeitos que ainda não passaram por condenações, preservando assim biografias e evitando “condenações prévias”.

“Essa espetacularização que outrora vimos no Ministério Público Brasílico e até no Ministério Público da Bahia, eu posso proferir que é um pouco que não existe mais no Ministério Público da Bahia. É uma instituição responsável, que amadureceu, cumpre seu papel de forma firme, nunca trabalhamos tanto em prol da sociedade baiana. Realmente temos preservado biografias. E é necessário que se diga, temos aguardado o devido processo legítimo. Temos feito a informação das ações, sem apresentar rostos, unicamente mostrando o trabalho que está sendo feito”, disse o procurador-geral.

Maia citou porquê exemplo as ações do Gaeco (Grupo de Atuação Peculiar de Repressão ao Transgressão Organizado), que, segundo ele, conduz mais de 70 operações dentro e fora do sistema prisional, de enfrentamento à criminalidade organizada. Hoje, garante ele, o grupo não expõe os envolvidos, dissemelhante do que acontecia em uma outra período do MP, quando “mesmo com uma atuação muito mais incipiente, apareciam aquelas narrativas e condenações prévias públicas, de pessoas que estavam ainda sendo investigadas ou acionadas pelo Ministério Público, mas sem uma sentença condenatória com trânsito em julgado, determinando a responsabilização criminal da pessoa”. 

“Logo, é um momento de sazão institucional, de diálogo interno muito possante, de compreensão de qual é o nosso papel”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: