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Torcedores do Botafogo são indiciados após fazerem gestos racistas em jogo
Dois torcedores do Botafogo foram indiciados pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) por terem, de negócio com as investigações, realizado gestos racistas durante uma partida contra o Palmeiras, na Libertadores. O indiciamento do legista Vinicius Ramos de Andrade e Silva, de 35 anos, e do empresário Adriano Santos de Souza Machado, de 38, ocorreu exclusivamente na última terça-feira (29). O incidente, no entanto, foi no mês de agosto.
No relatório, a delegada Rita de Cássia Salim Tavares afirmou que “o ato de fazer gestos imitando macaco em referência a um grupo de pessoas negras, carrega um histórico de desumanização e ofensa racial que associa características de animais a seres humanos […] reforçando assim o preconceito e estereótipos raciais”.
No documento, a delegada ainda apontou que “os gestos ocorreram de forma explícita durante um evento esportivo”, “incentivando a disseminação de atos de discriminação racial, principalmente quando direcionados a desumanização e ridicularização de pessoas ou grupos por motivos raciais”.
Vinicius, por sua vez, disse que “o gesto que fez batendo no braço e passando os dedos sobre a pele do braço se referia à garra e ao sangue do time pela vitória, sobretudo considerando o histórico recente de embates entre os dois clubes e entre os seus respectivos presidentes”.
A resguardo de Vinicius disse que o gesto se referia à “preparação de luta, pois é lutador” e que “o vídeo contém edições e cortes intencionais”. O legista trabalhava na Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Maricá e foi exonerado em seguida a repercussão do vídeo.
Já Adriano falou que por “conta de um procedimento médico vem sofrendo apagões de memória” e que no dia do jogo estava bêbado. O empresário disse se lembrar exclusivamente de “flashes” do dia do jogo e que o “vídeo contém edições e cortes”.