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Transações financeiras nos EUA permitiram cerco da PF sobre esquema de fraude bilionária com emendas

Operações financeiras realizadas nos Estados Unidos por investigados na Operação Overclean foram determinantes para a ofensiva deflagrada pela Polícia Federalista nesta terça-feira (10) contra suspeitos de integrar um esquema de desvios de emendas parlamentares destinadas a convênios e contratos por meio do Departamento Vernáculo de Obras contra as Secas (Dnocs). Segundo apurou a Metropolítica, a movimentação de altos volumes de recursos despertaram a suspicácia de autoridades financeiras dos EUA, que alertaram agentes da Homeland Security Investigations (HSI), conhecida no Brasil uma vez que Escritório Americana de Investigações de Segurança Interna.
Caçadores de suspeitos
Subordinada ao Departamento de Segurança Interna do governo americano, a HSI é o órgão responsável por investigações de crimes realizados em graduação global que envolvam o movimento ilícito e o tráfico de pessoas, drogas, bens, verba, contrabando, armas e tecnologia estratégica e que tenham os EUA uma vez que origem, sorte ou passagem. Ao mesmo tempo, a dependência atua em conjunto com os órgãos de segurança de dezenas de países no combate a crimes cibernéticos, espionagem industrial, fraudes e golpes financeiros.
Casca de banana
De concordância com fontes que tiveram aproximação a detalhes da investigação, o grande erro dos alvos da Overclean foi ter operado verba ilícito em solo americano, onde os mecanismos de controle de movimentação financeira são cada vez mais rígidos e especializados. Os detalhes fornecidos pelo HSI, ainda segundo as mesmas fontes, permitiram que PF, Receita Federalista e Ministério Público Federalista fechassem o cerco em torno do esquema suspeito de desviar aproximadamente R$ 1,4 bilhão de verbas originadas de contratos públicos para obras em médios e pequenos municípios da Bahia, Tocantins e Goiás, entre outros estados.
Para recordar
Durante a Operação Overclean, foram presos 17 supostos integrantes do esquema. Entre os quais, o empresário baiano Marcos Moura, proprietário da empresa MM Limpeza Urbana, e Lucas Lobão, ex-coordenador na Dnocs na Bahia. Além dos 17 mandados de prisão preventiva, foram expedidos ainda 43 mandados de procura e consumição, além de ordens de sequestro de bens, não só na Bahia, mas também no Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Dos 60 mandatos, ao menos 26 foram cumpridos em Salvador.

