“Veículo de dominação da opinião pública”, diz Janio de Freitas sobre mídia brasileira

O presidente Luís Inácio Lula da Silva precisou passar por procedimentos cirúrgicos nesta semana. E, mesmo com o ocorrido, algumas das manchetes destacadas nos jornais foram voltadas à queda do dólar ou qualquer outro matéria que não fosse referente à saúde do encarregado de Estado. No Programa Três Pontos desta quinta-feira (12), o jornalista Janio de Freitas diz que não se surpreende com esse ocorrência, justamente porque muito da mídia brasileira se confunde no caixa financeiro. Assim, Janio revela que a manchete de um jornal pode ultimar sendo escolhida puramente por interesses financeiros ou para dominação da opinião pública.

“É preciso não olvidar também que a corporação financeira tem, na grande mídia brasileira, nessa mídia convencional, que já não é grande mais há muito tempo, só guardou o nome, ou o sobrenome, tem ali o seu veículo de dominação da opinião pública para fins de pressão aos governos e de transporte de resultados eleitorais que às vezes fracassam, mas frequentemente são vitoriosos pela tamanho de numerário que esse segmento financeiro pode pôr e põe nas eleições”, declarou Janio.

Ele ainda apontou que a mídia convencional, na verdade, é um sistema financeiro, com os dominadores do desse sistema, sendo segmento de um partido político que não se apresenta uma vez que tal. Janio disse que esse partido inominado, muitas vezes, acaba sendo denominado de “Faria Lima”, em menção à marcha de empresas de setor financeiro localizadas na rua Faria Lima, em São Paulo. 

“E esse partido indeclarado é a força dominante no Congresso brasílio em associação com o agro. Portanto, não surpreende que seja tão difícil assinar no Congresso qualquer projeto, alguma reforma, alguma medida de fundo social, de fundo corretivo do próprio sistema financeiro, porque essa força política não tem que ter contraste cá no Brasil. Ela é dominante desde muito tempo, para não expor desde sempre, e não há nenhum esforço de enfrentamento dessa força”, finalizou o jornalista Janio de Freitas.

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