“Visão elitista, grosseira e agressiva à cidade”, diz MK sobre projeto de requalificação da orla de Salvador

 “Visão elitista, grosseira e agressiva à cidade”, diz MK sobre projeto de requalificação da orla de Salvador


Um novo projeto da prefeitura de Salvador, ainda em realização, prometia requalificar a orla da cidade, abandonada há quase 14 anos. No entanto, a falta da identidade soteropolitana refletida no excesso de concreto e nos quiosques a serem geridos por uma concessionária chamou atenção. Para Mário Kertész o projeto expõe uma visão elitista, malcriada, burra e agressiva à cidade. No Jornal da Bahia no Ar desta quinta-feira (14), ele fez críticas à iniciativa, que foi tema do Jornal Metropole desta semana.

“Isso não tem zero a ver com a cidade do Salvador, com a praia da gente. Roubaram a nossa praia. Que construção mais horrorosa, esdrúxula. O que ela tem de Salvador, daquilo que deu alegria a nós moradores e atraiu grandes quantidades de turistas? A cidade certamente não é a Instalação Mário Leal Ferreira, digo isso com absoluta fé, não tenho zero de pessoal. As intervenções da Instalação Mario Leal Ferreira, desde o governo de ACM Neto, continuam atrapalhando, continuam estuprando a cidade”, disse MK, se referindo à FMLF, responsável pelo projeto da orla e por outros também contestados, porquê a reforma do Aquidabã.

MK citou os quiosques que estão sendo construídos na orla e serão administrados por uma concessionária a ser selecionada pela prefeitura. O edital desta seleção até menciona a preferência pela ininterrupção dos vendedores ambulantes cadastrados, mas não garante e chega a referir que, “caso não seja verosímil o engajamento de segmento dos vendedores ambulantes, por incompatibilidade com a estratégia de negócio da concessionária, estes deverão ser priorizados nos processos seletivos para contratação de funcionários”. Mário Kertész traduziu a contrução dos quiosques porquê uma releitura de playground dos prédios do Galeria da Vitória, com uma “visão elitista, malcriada, burra, agressiva à cidade de Salvador”.

“Lamento profundamente e me sinto pessoalmente agredido ao ver esta praia, que a vida toda frequentei. Não tinha esse agora de ir pra clube, piscina, condomínio fechar, não existia zero disso. A praia sempre foi o lugar mais democrático da cidade, estavam lá juntos os ricos, os pobres, o povo trabalhando, o povo se divertindo. Aí vem esse estrupício”, concluiu.

Confira o editorial na íntegra:



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