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Cardeais do PL apontam inconsistências no cerco de João Roma contra deputados infiéis ao bolsonarismo
Lideranças do PL apontam uma série de inconsistências no recente cerco do presidente estadual do partido, o ex-ministro João Roma, a antigos aliados considerados por ele uma vez que “bolsonaristas infiéis”, em ofensiva divulgada por ele à prensa uma vez que secção do processo para encomiar o caráter ideológico da legenda, principal abrigo para políticos conservadores e militantes da extrema-direita. Na última segunda-feira (26), Roma confirmou a introdução de processo disciplinar contra três dos quatro membros da bancada do PL na Câmara Legislativa da Bahia (Alba). Porém, dois deles, os deputados estaduais Vitor Azevedo e Raimundinho da JR, nunca assumiram a traço de frente do bolsonarismo e se alinharam ao Palácio de Ondina desde o início do governo Jerônimo Rodrigues (PT), sem não terem sofrido qualquer pressão por secção de Roma. Raimundindo, inclusive, é um dos vice-líderes da bancada governista. Já Azevedo, embora tivesse chefiado o gabinete de Roma no Ministério da Cidadania durante os dois últimos anos de Jair Bolsonaro avante da Presidência, sempre teve autorização do paraninfo político para se coligar a quem muito entendesse na Alba.
Fio da suspeita
“É muito estranha essa movimentação súbita de João Roma. Ele mesmo havia dito publicamente que esses dois deputados do PL tinham liberdade para fazer política e nunca agiu para forçá-los a embarcar na oposição ao PT. Por que só agora resolveu apoucar e até ameaçar Raimundinho e Vítor Azevedo de expulsão? Pior ainda foi o processo destapado também por ele contra Diego Castro, que é bolsonarista puro-sangue, ao contrário dos outros alvos do emparedamento de Roma. Nesse caso, a argumento foi a de que Diego Castro apoiou o candidato do Novo a prefeito de Barreiras (Davi Schmidt) contra o nome bem pelo PL lá (Otoniel Teixeira, do União Brasil, que acabou eleito)”, afirmou um integrante do Diretório Estadual do partido ouvido pela Metropolítica.
Pesos e medidas
“Curioso é que o ex-ministro não usou a mesma régua em relação à própria esposa, a deputada federalista Roberta Roma”, emendou um dos parlamentares do PL insatisfeitos com o cerco de João Roma, ao reportar que levante ano Roberta apoiou o prefeito reeleito de Coronel João Sá, Carlinhos Sobral (MDB), que entrou no páreo uma vez que candidato de Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula na cidade, com recta a material de campanha onde ela aparece junto com os arquirrivais do bolsonarismo.
Das duas, uma
Internamente, integrantes do PL citam duas hipóteses para o cerco repentino de João Roma àqueles que considera infiéis. A primeira delas tem uma vez que tecido de fundo a tensão no partido em seguida Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente pátrio do PL, terem sido indiciados pela Polícia Federalista por suposto envolvimento na tentativa de concretizar um golpe de estado no país. A segunda, tida uma vez que a mais provável, está relacionada à disputa de poder dentro da Executiva Estadual da legenda, travada entre o ex-ministro e o deputado federalista Capitão Alden, que se tornou um dos mais ativos porta-vozes do bolsonarismo no Congresso.
Batom na gola
“Só isso explica a introdução de processo disciplinar contra Diego Castro, que é aliadíssimo de Alden, assim uma vez que a doutora Raíssa Soares (candidata derrotada a senadora pelo PL em 2022), que também está ameaçada de expulsão. Enquanto isso, os parceiros de João Roma não sofrem qualquer pressão, a exemplo de Leandro de Jesus, que o apoia da queda de braço com Alden”, disparou outro líder do partido no estado, em referência ao único deputado da bancada do PL na Alba que não foi afetado pela ofensiva do ex-ministro.
Novo point
A julgar pela frequência dos deputados federais da Bahia, a Herdade Churrascada substituiu o lendário restaurante Piantella uma vez que o ponto de encontro número um de políticos graúdos e lobistas em Brasília. Situado no seleto Clube de Golfe da capital federalista, a churrascaria virou palco das mesmas conversas ao pé de ouvido que fizeram a glória do Piantella ao longo de 43 anos. De congraçamento com um parlamentar baiano que virou frequentador assíduo do novo reduto em seguida o macróbio fechar as portas em 2020, no auge da pandemia, o clima de conchavo está quase o mesmo. Só o cardápio mudou.
Trinca de reis
Nos corredores do poder em Brasília, os deputados Elmar Promanação (União Brasil), Mário Negromonte Júnior (PP) e Adolfo Viana (PSDB) ganharam um sobrenome jocoso entre os pares: “Trio Codevasf”. A piada tem origem na quantidade de recursos que os três conseguem direcionar a prefeituras do interno do estado por meio de repasses da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, dos quais montante será um trampolim e tanto na guerra pela renovação dos mandatos em 2026.
Deserto médio
Se não fossem os grupos de turistas que visitam a Rossio dos Três Poderes diariamente, a Câmara dos Deputados estaria às moscas nessa semana. Quem visitou a Lar na segunda (25) e terça-feira (26) não viu um parlamentar sequer nas comissões e muito menos no plenário. Pela falta de agenda de trabalho, é fácil supor que o vazio tende a dominar o cenário na Câmara até a próxima quarta-feira (04).